Viçosa amplia fronteiras do agronegócio

O cientista que abriu caminho para a conquista do cerrado brasileiro, permitindo hoje o plantio da soja em 5,5 milhões de hectares na região Centro-Oeste do país, ocupa apenas 12 m2 do prédio do Departamento de Fitotecnia da Universidade Federal de Viçosa, em Minas Gerais. Na sala acanhada, abarrotada de livros e sementes, o professor Tuneo Sediyama, 58, dá sequência a um trabalho iniciado há mais de 30 anos -desenvolver cultivares de soja adaptadas às condições de clima e de solo do cerrado. "Fiz isso a vida toda e me…

Camponês faz indústria na caatinga

Debaixo do sol escaldante do sertão baiano, eles vão chegando aos poucos, armados de enxadas, foices e facões, para se reunir à sombra da grande castanheira, em frente à casa de Edésio Antônio de Oliveira, na Comunidade Papagaio, em Valente (BA). Um forasteiro mais desavisado que passasse por ali naquela hora imaginaria tratar-se de uma concentração de sem-terra, prestes a invadir alguma fazenda da região. Bobagem. Naquelas bandas do semi-árido, onde as chuvas são raras e os solos, pobres e esgotados, não resta um palmo de…

Sul valoriza trabalho desde os 7; indústria do fumo é favorecida

A gurizada pega cedo no batente no interior gaúcho. Na região de Santa Cruz do Sul (155 km de Porto Alegre), onde predomina a cultura do fumo, a iniciação se dá aos sete ou oito anos, quando a criança já ajuda o pai em pequenas tarefas. ``Aqui o trabalho infantil é valorizado e não há sentimento de culpa. Faz parte da tradição das famílias, em sua maioria descendentes de alemães'', diz João Pedro Schmidt, 35, professor de filosofia da Unisc (Universidade de Santa Cruz do Sul) e vereador pelo PT. É uma espécie de pacto…